quarta-feira, 16 de abril de 2014

A solidão é um monstro.

A solidão é um monstro.
É como uma maré, algo que se move em ondas.
É um dos piores sentimentos que se pode ter, arrasta-nos e suga toda a luz que uma pessoa possa ter, é como um buraco negro.
O que melhor descreve essa sensação é a de que nos estamos a afogar enquanto a nossa volta toda a gente respira.
No pior estágio de solidão não se sente nada, apenas dor.
Uma dor que magoa mais do que qualquer dor física embora essa também esteja presente.
Há que se corte, quem se mutile, encha o corpo de tatuagens ou se vicie em adrenalina.
Há quem beba, quem fume, faça disparates pouco dignos da idade que tem.
Há quem coma ou deixe de comer.
Há quem se vicie em analgésicos.
Há quem faça qualquer coisa.
Qualquer coisa que nos faça sentir.
Sentir algo para alem da dor de se estar só.
Depois, mais tarde, quando já se consegue "respirar" de novo o simples facto de recordar essa dor, doí.
Lembrar essa ausência de luz, dói.
O simples aflorar dessa recordação dói.
É uma dor diferente mas é uma dor.
Corroí e lentamente as ondas de maré sobem por nós acima.
Recalcar, esquecer, abolir a recordação é algo que "ajuda" porque o que mais queremos é esquecer que um dia já nos sentimos assim. Sozinhos no meio da multidão.
Mas é algo que tem de ser trabalhado, todos os dias.
Todos os dias devemos agradecer.
Agradecer quem nos ama.
Agradecer quem nos conhece e mesmo assim gosta de nós.
Agradecer até aqueles que julgam que nos conhecem e, talvez por isso, gostam de nós.
E principalmente agradecer por gostarmos e por amarmos alguém.
Não é simples, não é fácil.
Hoje sei que não estou só.
O monstrinho continua lá, pequenino a espera.
De quando em vez somos assaltados por um medo.
Um medo de que ele cresça e tome conta de nos.
Um pânico tão grande que nos esquecemos de respirar.
Doí.
Acho que vai doer sempre.

quinta-feira, 27 de março de 2014

A Sad "Happy" Song



A Sad Remix of Pharrell Williams’ Song ‘Happy’ by Woodkid

OUTRO


I'm the king of my own land
Facing tempests of dust
I'll fight until the end
Creatures of my dreams - raise up and dance with me!
Now and forever
I'm your KING!

quarta-feira, 26 de março de 2014

Amanhã é o Dia Mundial do Teatro



O TNDM II assinala o Dia Mundial do Teatro com um conjunto de atividades de entrada livre.

As bilheteiras estarão abertas a partir das 10h para o levantamento de bilhetes para os espetáculos.

A Porta - 11h e 16h [Sala Estúdio]

No tempo em que os instrumentos falavam – 13h e 17h30 [Átrio]

20 Dizer – 21h [Salão Nobre]

Lucien Donnat, um criador rigoroso - 10h às 12h30 e 14h30 às 16h30 [1.ª Ordem]

Nossa Senhora da Açoteia – 18h [Biblioteca da Imprensa Nacional - Casa da Moeda]

terça-feira, 25 de março de 2014

Fat can’t hide




Campanha inglesa para os ginásios "Kingdom of Sports" com o slogan "A gordura não pode se esconder"

sexta-feira, 7 de março de 2014

The way I are

Certos dias sinto-me gordo. Na maioria dos dias não gosto do que os espelhos devolvem, talvez por isso os evite. As vezes apetece-me pegar num x-acto e cortar o que está a mais. Hoje sinto-me gordo.

terça-feira, 4 de março de 2014

Quando o telefone toca

Quando o telefone tocou e vi quem era pensei para comigo que com toda a certeza vinha dali brincadeira.
O tom de voz do outro lado deu a entender o contrario.
Respondi cordialmente, resignadamente que sim, que sem problema e que o tem de ser tem de ser.
Hoje de manhã, depois de acordar, depois da higiene e do pequeno-almoço, depois da viagem, depois...
Eu ainda não acredito.
Não acredito que estamos aqui os três.
A trabalhar num edifício quase deserto.

É fodido ser pobre e ter contas para pagar.

segunda-feira, 3 de março de 2014

Carnaval


Sempre vivi muito intensamente o Carnaval, tal como sempre vivi muito intensamente tudo aquilo que nunca tive. Sempre me deslumbrei com o exotismo da Marquês de Sapucaí e o luxo e mistério da Praça de São Marcos.

Enquanto crescia, o mais próximo que tive de Carnaval foi um lenço ao pescoço com uma caixa de fósforos, daquelas de madeira e papel azul (os da minha idade lembram-se de certeza), um chapéu de palha com as abas presas com dois pedaços de arame e uma pistola de plástico com fulminantes.
Aos 10 anos era o que se chamava de Cowboy instantâneo.
Foi única vez que me "mascarei" para brincar ao Carnaval.

Mais tarde já "jovem adulto" farto de viver mascarado deixei-me de "carnavais" só voltando a ele na faculdade. Fui escocês, Merlin, hippye, Zorro, Zé Chunga e... mais nada que gente séria não se vai em carnavais.

Mas nunca me passou o tal fascínio de um dia, um dia destes, ir ver in loco o Carnaval, seja ele no Rio ou em Veneza.

Quem sabe se amanhã...

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014